sexta-feira, 25 de março de 2011

Protesto

Hoje meu post é uma mistura de indignação com revolta.
Depois de dias de chuva, finalmente o sol apareceu em Ribeirão, em meio a essa maravilha às 6h30 a porta do meu quarto se abre e em seguida minha mãe entra e diz: Cadê os documentos do seu carro? Eu acordei assustada e perguntei: Ué tá na minha bolsa, por quê? Ela respondeu com cara de quem tinha acabado de acordar: Seu pai, eu preciso levar ele no hospital, está com o corpo todo empipocado. Pronto! Bastou pra eu dar um pulo da cama e me juntar a eles. Imagina que eu deixaria meu pai ir sozinho no hospital, nunca!!
No meio do caminho pensei: “Vamos encontrar o hospital lotado”, afinal, todos os dias atendo diversas ligações lá na TV de pessoas reclamando sobre o atendimento na saúde de Ribeirão. Detalhe: saúde pública e privada. Até os convênios que pagamos caro estão deixando a desejar e “brincando” com a vida das pessoas.
Este post é um sinal de protesto em meio ao caos. Onde já se viu uma pessoa chegar com dor e ter que esperar mais ou menos quatro horas para ser atendida, sentada numa cadeira dura, com um ventilador que mal funciona, no meio de um monte de gente doente e o mau humor dos funcionários, pra mim não há nada pior que isso. Ou melhor, há sim. Uma administração péssima, com funcionários despreparados que sempre dão a mesma desculpa: está assim por causa da dengue, virose, conjuntivite!
Na verdade nada mais é do que um jogo de “empurra empurra”, quem conseguir uma boa desculpa ganha. Mas o que ainda não perceberam é que as pessoas não estão mais caladas, elas estão cansadas de tanto descaso e estão “botando a boca no trombone” e exigindo seus direitos.
Hoje graças a Deus meu pai foi bem atendido sem precisar reclamar e logo saímos de lá com ele medicado, mas em 2009 quando precisei levá-lo no mesmo hospital, ele chegou praticamente desmaiado e simplesmente pediram pra fazer a ficha e esperar. Mas esperar o que?? Ele morrer?? Bom, como sou muito educada e GENTIL, disse a recepcionista que fizesse um documento e assinasse dizendo que se ele morresse ali a responsabilidade seria do hospital por falta de atendimento. Todos olharam assustados e sabe o que fizeram? Levaram ele na hora pra sala de atendimento. Aí surge uma dúvida: se eu pago posso exigir meus direitos, mas e quem não pode pagar, tem algum direito?
Pelo que pude acompanhar até agora, não! Ainda não apareceu nenhum ser com capacidade suficiente pra “botar” ordem nessa saúde vergonhosa de Ribeirão.
Meu protesto: Não se deixem levar pelas desculpinhas e cara de piedade dos médicos, enfermeiros, ou seja lá quem for, exija seu direito por menor que seja. Que me desculpem as pessoas que atuam nessa área e infelizmente só fazem o que mandam. Esse recado é pro seu CHEFE: Mais atenção, você está lidando com uma vida e não apenas com um número!

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